Cirurgia do nariz com laser
O uso do laser no corneto inferior foi introduzido na década de 80, na tentativa de reduzir os riscos de complicação e tornar mais confortável o procedimento, permitindo o uso ambulatorial e a anestesia local.
A vantagem do laser está associada a suas propriedades físicas, que permitem cortar, vaporizar e coagular tecidos com precisão e menor dano térmico lateral. Sua interação com os tecidos se dá através de um feixe de luz de pequeno diâmetro, com penetração milimétrica e que pode ser levado até os tecidos através de fibras ópticas da ordem de micrômetros de diâmetros.
Os lasers mais estudados na cavidade nasal são o Ho:YAG, Nd: YAG, CO2, KTP/532 e o Diodo. O que varia em cada tipo de laser é o comprimentos de onda do feixe de luz emitido e, com isto, sua absorção pelo tecido.
O laser pode ser aplicado nos tecidos de forma contínua ou pulsátil, diretamente na superfície mucosa ou intraturbinal, em diferentes potências e tempo de aplicação.
Diversas combinações são possíveis e irão determinar o efeito térmico tecidual da energia final entregue ao tecido, com impacto no tempo cirúrgico, quantidade de tecido removido, sangramento, lesão do epitélio mucoso, formação de crostas e resultados a longo prazo.
De acordo com Hol et al, o procedimento ideal objetiva redução volumétrica com preservação da mucosa funcional. Neste sentido o uso do laser na superfície mucosa não parece ser o procedimento ideal, sendo preferível seu uso na forma intraturbinal.
A escolha do modo pulsátil permite remoção de tecidos moles e coagulação, com um intervalo para resfriamento dos tecidos, o que diminui o dano térmico lateral ou área de hipertermia, tornando o procedimento mais preciso.